mudando de poiso, em férias


Declaro este sítio como meio de passagem
para uma casa de férias
em que o tempo é despreocupado,
o vento é leve e o sol aquece docemente a pele e alma.

Por lá postarei durante uns tempos…
num sítio de labirintos e espelhos
que se chama, na mesma, Espelhos e Labirintos

… até já!

flash

Sentir-se realmente satisfeito… percebendo que o menos-bom faz parte natural da vida. Como as ausências ou as faltas.

A alegria de saber que não há felicidade perfeita e de não pretender aspirar tolamente a ela…

(Sonho, Magritte)

Notável

CAPtain assinalou discretamente o 3º aniversário, (re)nascido, re-primindo, re-desblogueando!

A prova:
Terça-feira, Julho 15, 2003
1.
primadesblog será o que vier a ocorrer no momento de publicar cada texto;
aqui, nada será deixado ao acaso — tudo será fruto de acasos.

Meses antes de abrir este sítio, já passava por lá. Sei que li Neruda… Fui procurar e devolvo(-te), CAPtain:

Alegria

Hoja verde caída en la ventana,
minúscula claridad recién nacida,
elefante sonoro, deslumbrante
moneda, a veces
ráfaga quebradiza, pero
más bien pan permanente,
esperanza cumplida,
deber desarrollado.


Nos primeiros tempos, alguém que dá conselhos em comentários depois da meia noite vale o seu contorno virtual em ouro (risos). Obrigada, CAPtain.
Muitos posts te aguardem e nos alegrem nos caminhos adiante…

de banalidades


Agora que o vento arrasta
As cartas e os vícios delas
Ficaram-me as mãos libertas
É manhã abro janelas

Saramago

Hoje, apeteceu-me ir buscar uma ideia da Hipatia, lida há muito tempo e que emergiu…
E pensar este blog como sítio das minhas banalidades, no seu sentido etimológico mais profundo, o do “ban”, da circunscrição feudal, sendo que eu sou aqui o feudo, o espaço é meu, as minhas palavras são o meu território. Confio que ela não me leva a mal pegar na ideia…

Aqui, as banalidades emergem nas palavras e nas imagens – todavia, não são «diário» nem «crónica feminina», não pretendem agregar um «club» nem formar um «gang».
Sorrio das negativas que escrevo – pois que nem tudo se define pelo que rejeita ou recusa.
Por aqui revejo mutação e estabilidade, ideias e sentidos vividos e percebo que a percepção das banalidades é (também) o que permite a construção do agora.

Píndaro dizia “torna-te o que és”; Nietzsche “transforma-te no que vais sendo”.
E a aceitação é sempre uma acção sobre o novo, de poros abertos e alma em movimento.
Por isso me faz sentido escrever das banalidades, na vitalidade da belíssima frase nietzschiana: “aqui poderíamos viver, posto que aqui vivemos”.

Banalidades, sim. Com a aceitação do “sentimento trágico da vida” de modo pleno, de sorriso largo, de estender de braços. Mesmo quando existe escuridão, é possível reevocar a gargalhada da vida, a potência da força e da vontade.
O trágico está presente – afirma-se pelo que foi, pelo que é, pelo que será. Sem frivolidade, possível de acompanhar com riso. O riso da alegria do instante presente.
Ou não. Dependendo da banalidade singular.

Quizzing

Mais uma vez, segui uma pista dela

Your Aura is Red
You have a high level of emotion. This can mean passion, but it can also mean rage.
Usually, you don’t take these emotions out on others. You just use them as motivation – and it works!

The purpose of your life: embracing all the wonders of the life, lots of travels, and tons of adventures

<a href="What Color Is Your Aura?

trans forma # 2

Mesmo que tenhas sido peixe,
voas com a graciosidade de um desejo
e a consciência de ti faz-te adejar as asas.

Mesmo que voltes a ser peixe,
já escalaste nuvens, atravessaste constelações
e a memória do Voo marcará os trilhos na água.

(imagem: Liberation, Escher)

Flash # 42

Outonal…
folhas de plátano de cor entre ferro e fogo

Fechamento…
sem olhar em redor, cerrando-se ao exterior

Algo precioso…
ciosamente agarrado e generosamente desprendido
diversas mensagens de mãos independentes!